Cristina Cabrejas
Cidade do Vaticano, 25 out (EFE).- O Arquivo Secreto Vaticano lançou hoje uma obra que reúne todos os documentos relacionados ao julgamento que pôs fim à Ordem dos Cavaleiros Templários, cujo valor chega a US$ 8.300.
O Vaticano colocará à venda 799 exemplares do livro "Processus contra Templarios", muitos dos quais já foram encomendados por xeques árabes, estilistas e as principais bibliotecas do mundo. O exemplar número 800 será dado ao Papa Bento XVI.
O diretor do Arquivo Secreto Vaticano, Sergio Pagano, afirmou que a publicação "não revela nada", já que todos os documentos já eram conhecidos, e que também não se pretende "reabilitar" os Templários.
A principal novidade do volume é sua "tipologia, seu caráter artístico e a originalidade", além de reunir, pela primeira vez, todos os documentos que o Arquivo Vaticano tem sobre os templários.
A publicação faz parte da iniciativa de uma casa editorial que realiza exemplares com tiragem limitada de obras exclusivas conservadas no Arquivo Vaticano.
A iniciativa prevê a publicação de reproduções idênticas de documentos de grande importância histórica, com todo o luxo de detalhes, desde o uso do pergaminho aos selos dourados.
O "Processus contra Templarios", por exemplo, contém o "Pergaminho de Chinon", um documento de 70 centímetros de comprimento e 58 de largura esquecido durante anos no Arquivo Vaticano e redescoberto em 2001.
No pergaminho, comprova-se que o Papa Clemente V deu a absolvição ao último grã-mestre dos Templários, Jacques de Molay, e aos cavaleiros da Ordem.
O Pontífice ainda permitiu a eles "receber os sacramentos cristãos e serem acompanhados por um capelão" até os últimos momentos de sua vida.
A obra inclui as fiéis reproduções dos pergaminhos com os interrogatórios realizados pela comissão papal aos Templários no Castelo de Chinon (França), onde foram presos, e as notas escritas por Clemente V e seus colaboradores.
O volume também contém os três selos pertencentes aos cardeais que foram os encarregados pelo Pontífice de realizar os interrogatórios.
Mas, além do valor material da obra, a publicação permite à Igreja "esclarecer" o comportamento de Clemente V durante o julgamento contra a Ordem dos Templários.
A crítica histórica que acompanhará o exemplar afirma que Clemente V "absolveu os templários", mas que "compreendeu que, para evitar um cisma na Igreja, era necessário sacrificar a sobrevivência da Ordem".
"Após a investigação realizada em Poitiers, o Papa absolveu os Templários das acusações de heresia", escrevem os historiadores do Arquivo Vaticano.
Mesmo assim, "a sobrevivência da Ordem era impossível", pois Clemente V, "após meses de duras batalhas políticas, compreendeu que para salvar a Igreja de um possível cisma era necessário sacrificar os Templários".
Para a historiadora Barbara Frale, que descobriu o "Pergaminho de Chinon", a publicação do "Processus contra Templarios" não é "um ponto final" na história da Ordem, "mas abre um sem-fim de novas investigações".
A publicação "fecha muitas das portas, encontradas em muitos livros históricos e romances, sobre o caráter esotérico e herético dos Templários".
A detenção dos Templários foi ordenada por Filipe, o Belo, rei da França, na sexta-feira 13 de outubro de 1307.
Após um longo processo judicial e de inquisição, a Ordem foi dissolvida no Concílio de Vienne (França), em 1312, e a maioria dos Templários morreu na fogueira, incluindo Jacques de Molay. EFE
Cidade do Vaticano, 25 out (EFE).- O Arquivo Secreto Vaticano lançou hoje uma obra que reúne todos os documentos relacionados ao julgamento que pôs fim à Ordem dos Cavaleiros Templários, cujo valor chega a US$ 8.300.
O Vaticano colocará à venda 799 exemplares do livro "Processus contra Templarios", muitos dos quais já foram encomendados por xeques árabes, estilistas e as principais bibliotecas do mundo. O exemplar número 800 será dado ao Papa Bento XVI.
O diretor do Arquivo Secreto Vaticano, Sergio Pagano, afirmou que a publicação "não revela nada", já que todos os documentos já eram conhecidos, e que também não se pretende "reabilitar" os Templários.
A principal novidade do volume é sua "tipologia, seu caráter artístico e a originalidade", além de reunir, pela primeira vez, todos os documentos que o Arquivo Vaticano tem sobre os templários.
A publicação faz parte da iniciativa de uma casa editorial que realiza exemplares com tiragem limitada de obras exclusivas conservadas no Arquivo Vaticano.
A iniciativa prevê a publicação de reproduções idênticas de documentos de grande importância histórica, com todo o luxo de detalhes, desde o uso do pergaminho aos selos dourados.
O "Processus contra Templarios", por exemplo, contém o "Pergaminho de Chinon", um documento de 70 centímetros de comprimento e 58 de largura esquecido durante anos no Arquivo Vaticano e redescoberto em 2001.
No pergaminho, comprova-se que o Papa Clemente V deu a absolvição ao último grã-mestre dos Templários, Jacques de Molay, e aos cavaleiros da Ordem.
O Pontífice ainda permitiu a eles "receber os sacramentos cristãos e serem acompanhados por um capelão" até os últimos momentos de sua vida.
A obra inclui as fiéis reproduções dos pergaminhos com os interrogatórios realizados pela comissão papal aos Templários no Castelo de Chinon (França), onde foram presos, e as notas escritas por Clemente V e seus colaboradores.
O volume também contém os três selos pertencentes aos cardeais que foram os encarregados pelo Pontífice de realizar os interrogatórios.
Mas, além do valor material da obra, a publicação permite à Igreja "esclarecer" o comportamento de Clemente V durante o julgamento contra a Ordem dos Templários.
A crítica histórica que acompanhará o exemplar afirma que Clemente V "absolveu os templários", mas que "compreendeu que, para evitar um cisma na Igreja, era necessário sacrificar a sobrevivência da Ordem".
"Após a investigação realizada em Poitiers, o Papa absolveu os Templários das acusações de heresia", escrevem os historiadores do Arquivo Vaticano.
Mesmo assim, "a sobrevivência da Ordem era impossível", pois Clemente V, "após meses de duras batalhas políticas, compreendeu que para salvar a Igreja de um possível cisma era necessário sacrificar os Templários".
Para a historiadora Barbara Frale, que descobriu o "Pergaminho de Chinon", a publicação do "Processus contra Templarios" não é "um ponto final" na história da Ordem, "mas abre um sem-fim de novas investigações".
A publicação "fecha muitas das portas, encontradas em muitos livros históricos e romances, sobre o caráter esotérico e herético dos Templários".
A detenção dos Templários foi ordenada por Filipe, o Belo, rei da França, na sexta-feira 13 de outubro de 1307.
Após um longo processo judicial e de inquisição, a Ordem foi dissolvida no Concílio de Vienne (França), em 1312, e a maioria dos Templários morreu na fogueira, incluindo Jacques de Molay. EFE
Muito, mais muito interessante essa postagem de vcs ^^
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo com a Thalissa. Muito interessante mesmo!
ResponderExcluirUma vez que o exemplar de numero 800, será doada ao papa, pensará ele em abrir ao resto do mundo, o conhecimento ali encerrado?
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